Não raro, o ambiente de trabalho costuma ser um dos “armários” nos quais pessoas LGBTQIAP+ se mantém, mesmo depois de se assumirem para amigos, familiares, etc.
Talvez um dos elementos que componham essa realidade seja o fato de que, diferente dos círculos sociais mais íntimos (amigos e familiares), o campo do trabalho tenha marcas ainda mais profundas, às vezes, de machismo, misoginia e “compulsão à heterossexualidade” (usando um termo conhecido da filósofa Judith Butler). Piadas, comentários desagradáveis, preconceito explícito ou velado são algumas das manifestações de LGBTQIAP+Fobia que precisam ser minimizadas, o quanto possível, visando o básico que qualquer pessoa (inclusive heterossexual) PRECISA: respeito.
Dessa forma, separei aqui 05 situações que podem ser identificadas como preconceito contra pessoas LGBTQIAP+ no trabalho que podem ajudar nesse diagnóstico:
1) Chamar alguém de “viado, bicha, sapatão, gay”, com tom de xingamento;
2) Criação de grupo de pessoas (as famosas panelinhas), excluindo outras por questões de gênero e/ou orientação sexual;
3) Impedimento de que alguém exerça alguma atividade profissional ou seja promovida de cargo por causa de seus trejeitos, modo de se vestir, andar, gesticular, etc;
4) Uso de apelidos pejorativos que humilham e estigmatizam;
5) Impedimento do uso de banheiro de acordo com a identidade de gênero da pessoa, identificando-a de modo diverso do correto e dificultando o uso do banheiro desejado.
Como pode ser visto, estas são apenas algumas situações possíveis de registro de LGBTQIAP+Fobia no trabalho.
Tão importante quanto as denúncias, é também essencial criar um clima organizacional de acolhimento, que começa nas contratações, inclusive!
Ah, e uma pesquisa rápida:
1) Você já sofreu ou já presenciou o sofrimento de alguém sobre esse tipo de preconceito no trabalho?
2) Na empresa em que você trabalha, quantas pessoas LGBTQIAP+ estão em postos de liderança e/ou assumem cargos de chefia?
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